sábado, 18 de fevereiro de 2012

"Funk" Carioca: quem defende não tem senso do ridículo

É sempre assim, vem um carinha com fala calma, geralmente um "intelectual" consagrado, falando maravilhas sobre o "funk" carioca. Fala das supostas qualidades musicais, da suposta criatividade de seus integrantes, da alegria do morro, do assistencialismo, da arte, blá, blá e blá.

Tudo parece lindo, maravilhoso, se não lembrarmos das características desse tal de "funk" carioca. Um ritmo pobre, grosseiro, mal feito, mal mixado, com coreografias que ultrapassam a barreira do rídiculo e do bom senso e o principal: comandado e executado por gente sem educação, sem cultura, sem classe, que só conhece as coisas através do rádio e da TV aberta, não procurando se informar em outros meios senão a mídia oficial.

Gente que não sabe ou não gosta de ler livros, que fala muito mal, que pensa pior ainda e que comete incoerências o tempo todo. Agora eu pergunto: devemos entregar as rédeas da cultura brasileira a gente desse tipo?

Para piorar, esse tipo de música tem acordos mútuos com pornografia e com a criminalidade, ou seja, além de ruim pacas, de ser feita por ignorantes (literalmete falando), ainda vai contra a moral, as leis e o bom-senso. Repito a pergunta: devemos entregar as rédeas da cultura brasileira a gente desse tipo?

É uma irresponsabilidade defender esse tipo de mentalidade e dar o título de patrimônio cultural a essa gentalha mais suja, irracional e indigna que porcos, o que sinaliza uma época em que a maioria da população adere às incoerências, talvez com uma peninha do povo pobre, achando que o "funk" carioca é a mais legítima manifestação de alegria desse povo. E não é.

O povo pobre é literalmente carente de tudo e isso cria uma insegurança que se transforma em vulnerabilidade. Aí vem um espertinho, com papo sedutor, se aproveitando do fato que sem educação, o indivíduo, já vulnerável a qualquer malandro esperto e a qualquer discurso envolvente, cai como um patinho nesse discurso e faz o que o malandro deseja. Isso acontece em todos os setores: saúde, segurança, e agora na educação e na cultura. E o pobre, ingenuamente acredita que está sendo valorizado.

Bingo! A sociedade agora está feliz! Os ricos não precisam mais dar dinheiro e nem oportunidades ao pobre para dizerem que "gostam de pobre". Basta balançar o popozão junto com eles, do mesmo jeito. Aí mais uma vez o pobre se sente valorizado, mesmo que falsamente.

A origem dessa porcaria toda está fazendo 20 anos ludibriando o povo pobre com essa tosqueira malfeita que usa erradamente o rótulo de "funk" para se promover. Quem entende de música sabe que essa pasmaceira não é "funk". Funk é James Brown, é Earth Wind & Fire, é Motown, é Tim Maia, King Combo e até mesmo Maroon 5 e Jota Quest , raramente rotulados como tal, representam muito mais o funk que os analfabetos culturais (tipo de analfabetismo em que se sabe ler, sabe escrever, mas não sabe o que é cultura e arte) dos subúrbios cariocas. Mesmo Michael Jackson, consagrador do gênero, grande papa do funk legítimo, discípulo de James Brown, não teve seu nome associado ao rótulo nos comentários sobre sua morte, talvez por desvalorização desse mesmo rótulo.

Os antigos bailes funk rolavam esses nomes que acabei de citar. Só que a partir de 1989, uns infelizes exportaram uma cretinice chamado "Miami Bass", grotesco, pornográfico e pobre em batidas e colocaram para rolar nesses bailes, absorvendo o rótulo.

Voltando ao assunto original, esses defensores parece que enxergam cabelo em ovo, falando mil maravilhas que não existem do patético e ridicularizante "funk" carioca, sem observar que esse tipo de música (se é que poderemos chamar isso de "música") é uma coleção completa dos maiores defeitos que encontramos em nossas vidas e em nossa cultura e que o Rio de Janeiro não precisa dessa poça-de-vômito musical para ter a sual cultura. Temos a maravilhosa bossa-nova, temos samba de grande qualidade e temos o rock carioca, iniciado com grande competência e qualidade pela Blitz, nas batutas do multi-homem Evandro Mesquita. O "funk" carioca é uma virose totalmente dispensável e desnecessária. É como cigarro: todos adoram mas nada faz senão gerar prejuízo.

Torcemos para que esse modismo acabe logo. Mas com certeza vai acabar, pois pessoas evoluídas e inteligentes descartarão logo esse rítmo tosco, como alguém que amadurece e larga a chupeta. Uma sociedade evoluída consome uma cultura evoluída e que os funqueiros vão fazer as suas batidas nos confins do umbral, que é o lugar reservado a gente brutal e atrasada que adere a esta bosta.

Funqueiros e simpatizantes: a idade das cavernas acabou há milhões de anos! Não tentem trazê-la de volta!

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