terça-feira, 7 de junho de 2016

Após "queda" de Dilma, funqueiros mudam de atitude

Sempre foi meio estranha a associação do "funk" às ideias de esquerda. Um meio cultural que explora valores duvidosos e que impede a população carente de ter honra e dignidade, substituindo por consumismo, além de confundir arrogância conformista com auto-confiança. Até porque tirar do pobre o direito a dignidade e às necessidades básicas é algo tipicamente capitalista. Capitalistas adoram ver os pobres sem dignidade.

Essa coisa de associar o "funk" a ideais progressistas sempre foi corroborado por muitos esquerdistas, sobretudo o PSOL, cujos membros são responsáveis por um manifesto estranho em defesa do gênero (o "funk" é o único gênero musical que usa o coitadismo como marketing). Há suspeitas que tais esquerdistas tenham sido pagos por entidades ligadas a George Soros (o mesmo que patrocinou os movimentos "Fora Dilma") na tentativa de imobilizar as classes populares, que seriam imbecilizadas pelas letras, danças e pela mediocrização do "funk".

Mas no últimos dias, algo bastante surreal tem acontecido ultimamente. Os funqueiros, metidos a politizados, a "intelectuais" e que se auto-rotulavam de "esquerdistas" e "defensores dos direitos das classes oprimidas" de repente estão adotando outra postura após o golpe travestido de impedimento que derrubou a presidente Dilma Rousseff e colocou uma horda de corruptos para governar o país.

Ficou parecendo que o plano de associar o "funk" a ideais de esquerda era na verdade parte de um plano de alienação do povo pobre, para que ele não pudesse impedir os planos que resultaram na destituição de Dilma e na volta da gananciosa direita ao poder.

Após a saída de Dilma, os funqueiros, com cara de "missão cumprida", se afastaram do ativismo de que supostamente participaram. Muitos deixaram a máscara cair e mostraram seu lado elitista, renegando seu passado e a população pobre que supostamente lutavam para defender:

- Um MC realizou uma festa caríssima e depois assediou de forma desrespeitosa uma repórter que foi entrevistá-lo. 
- Outra MC, supostamente "feminista" e "filosofa", foi se divertir na Disney no mesmo dia em que ocorria um estupro coletivo na cidade onde morava.
- Um MC, responsável pela música que estimulou o estupro, fez um comentário que deu a entender que os problemas do povo pobre "fazem parte da vida dele", como se os problemas não devessem ser resolvidos.
- Outro MC se comportou de maneira arrogante em um programa de TV, esnobando os próprios fãs.
- Uma MC, bastante popular, simulou um sequestro, por motivos ainda desconhecidos.
- Vários MCs continuam ostentando (!!!) bens de consumo e padrão de vida extremamente altos, muto distantes da realidade do povo que fingem defender.

E todos, sem exceção, se calaram diante dos rumos políticos de hoje, como se o apoio a partidos e ideologias de esquerda fossem necessários somente quando Dilma estava no poder, na verdadeira intenção de usar o esquerdismo para promover do degradante gênero musical. Acabaram revelando sua incompetência e falta de vocação no ativismo que fingiam assumir.

O povo pobre não merece ser feito de otário e o "funk", com características que evidenciam a humilhação ao povo pobre, não os representa. O povo trabalhador merece ser representado por uma cultura mais digna, respeitosa e de melhor qualidade artística.