sábado, 29 de agosto de 2009

Pagode baiano: façam de tudo para fugir desse troço

O episódio da professora "dançando" num show de um grupo de pagode baiano tornou o nefasto e gosmento sub-gênero da axé music, mas expôs também o seu principal defeito que é a associação com a pornografia.

Eu, que vivi em Salvador, sei muito bem o que é esse troço ridículo. Há muitas semelhanças com o "funk" carioca em relação às coreografias e ao fato que tanto intérpretes como publico-alvo são pessoas de baixíssimo nível intelectual, sem senso do ridículo, sem senso moral e com escassíssima informação cultural, pegas das FMs e TVs abertas apenas. São visivelmente grosseiros, estúpidos, mas têm o apoio da grande mídia (embora neguem) e de intelectuais fajutos como o antropólogo Hermano Viana, irmão de Herbert, dos Paralamas do Sucesso.

Hermano deve ter doado toda a massa encefálica para o paralama, já que enquanto Herbert está bem de cabeça, Hermano só vive dizendo bobagens e defendendo o popularesco como sinônimo de vanguarda. Sinal de cérebro inativo. Hermano fez elogios derretidos (do mesmo modo que José Flávio Júnior fez com o "Funk" carioca na OI FM, usando inclusive argumentos semelhantes) ao pagode baiano, sobretudo ao fantasmagórico Fantasmão. Os grupos de pagode baiano têm nomes esquisitos, claramente escolhidos na tentaiva de soar modernos , mas se tornando uma caricatutra de modernidade, já que o povo brega fica ainda mais brega quando tenta utopicamente soar moderno.

Anotem os nomes para você fugirem deles. Tanto os nomes quanto o som e mais ainda a aparência deles é de assustar (os integrantes são muuuuito feios). Coisas semelhantes vocês podem ver em maternidades situadas em lugares onde o ar é poluído (cada aberração...). Os nomes: Psirico (adorado por atores globais beberrões e apadrinhado pel gigantérrima e ultra-metida Ivete Sangalo), Pagodart, Parangolé, Saiddy Bamba, Fantasmão, Dignow do Brasil, Uisminofay, etc., todos filhos ainda mais pornográficos do já pornô É o Tchan, representante extremo da aceleração da decadência da música baiana, iniciada nos anos 80 com o nefasto Chiclete com Banana, liderado pelo arrogante magnata Bell Marques.

O pagode baiano é caracterizado por letras chulas, mal-feitas, ritmos toscos feitos por instrumentos bem baratos, num som mal-mixado, com roupas ridículas e coreografias mais ridículas ainda. Utilizam muito o recurso da repetição, sobretudo nos refrões, que geralmente se resumem a uma palavra de ordem repetida várias vezes. Os seus defensores classificam de "exemplos da modernidade baiana", baseados naquela visão tosca de que no novo é sempre melhor que o velho. Os maravilhosos anos 60 existiram para negar essa tese.

Para somar a isso tudo, o fato de que o baiano adora tudo que é da terra (menos o corredor da Fórmula Indy, Tony Kanaan, a única coisa baiana desprezada pelos nativos da "terrinha"). Só o fato desse tipo de pagode ser feito na capital baiana,é o suficiente para que os nativos aborígenes achem uma gigantesca maravilha e ultra-moderno (argh!).

É interesse das autoridades em agravar a alienação do povo baiano, ainda mais carente, com indices campeões de desemprego e um dos mais baixos IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano) do país e com violência que não para de crescer, graças à indole pseudo-pacifista do baiano, que finge que a violência baiana não existe. Antes de morar em Salvador, nunca tinha sido assaltado. Lá, fui assaltado três vezes e numa delas quase fui assassinado. Coisa horrososa.

A tal professora, que deve ter esse emprego porque não tem outro, já que pela aparência vulgar e comportamento, dá para ver que boa educação é o que ela não tem mesmo e não pode oferecer aos alunos. Um péssimo exemplo e uma coletânea de erros que irão ser evitados quando a sociedade alcançar a evolução. O que poderá demorar muitas décadas, pois nota-se que a capital baiana vive um vandalismo cultural sem precedentes, beirando o trogloditismo explícito.

Ainda bem que saí de lá. Soube por meio de amigos e de comunidades que a coisa por lá só anda piorando. Por isso mesmo, não param de construir flats e mais flats isolados para os ricos se trancafirem dentro e fugir da urrante turba de trogloditas, que infelizmente por falta de educação e senso do ridículo, somados à baixa auto-estima e o desejo de vingança, podem levar a capital baiana ao fundo do poço.

Antes de me acusar de estar falando mal dos pobres, leiam o texto que falei deles. Se eles são grotescos, é por culpa das autoridades e da mídia, que ensinam tudo errado às classes desfavorecidas. Gente sem educação (não confundam com instrução, o que é dado nas escolas) e cultura adequadas só consegue agir desse modo quando está contrariado.

E assim, a capital baiana se entrega alegremente ao caos. Caos que já chegou à cultura, sobretudo à música baiana, com os arrogantes da axé-music, os trogloditas do pagode baiano e os jecas efeminados do arrocha. Salvador é terra de Ninguém.