quinta-feira, 6 de junho de 2019

Funqueiros são tão burros que pegaram nome de outro tipo de música para aquilo que fazem e cultuam

Os funqueiros não estão satisfeitos com o espaço vasto que possuem. Querem mais e mais: querem ser  "A" cultura oficial do Brasil. Esforços não estão sendo medidos para que isso seja possível.

Mesmo com a grande - e justa, vale enfatizar - rejeição a essa coisa tosca e ridícula que cismaram em chamar de "funk", seus defensores insistem e ate lançam mão de absurdos para embutir no gênero todas as qualidades, sobretudo intelectuais que o gênero não possui.

Porque queiram ou não, esse equivoco chamado de "funk" é coisa de grosseirão ignorante, de burro mesmo! Os funqueiros são tão burros que chamam seu estilo com o nome que na verdade pertence a outro tipo de música totalmente diferente. Por isso que eu sempre escrevo entre aspas quando me refiro a essa nojeira sonora feita hoje no Brasil. Mas porque chamam assim?

A origem está nos bailes dos subúrbios nos anos 70


Nos anos 70 haviam os bailes de subúrbio que tocavam funk. Funk mesmo: James Brown, Earth Wind & Fire, Chic, KC & The Sunsshine Band e muitos outros. Havia espaço para a black music nacional (que em nada ficava a dever para a estrangeira em qualidade musical, superando até em alguns aspectos) e para novidades de então (como o Con Funk Shun). As pessoas iam para se divertir, não para ofender a sociedade com atitudes de baixo nível. 

Vou aproveitar e dizer uma coisa: se os bailes funk fossem como eram nos anos 70, eu ia numa boa. Nas conversas que tive com meu primo de Mesquita na época em que estávamos no final da infância, ele me relatava sobre esses bailes e pelo que ele contava eram realmente uma maravilha. Nada a ver com o que é feito hoje, tendo apenas os locais como única coisa em comum. Baile funk, nos anos 70, acreditem, era sofisticado e mesmo os suburbanos, com sua renda limitada, se esforçava para usar a melhor roupa para a ocasião.

E imagine só, dançando ao som de verdadeiras bandas-orquestras como a Earth Wind & Fire e a Kool & The Gang com suas músicas viciantes. Puxa, era muito legal! Porque acabaram com isso? porque não surgiram novos "Earth Wind & Fire"?

O funk, antigamente era sinônimo de coisa boa. Lembrando que gosto muito de funk (no sentido setentista e oitentista do termo - dos anos 90 pra frente, não me interessa), me surpreendi com a excelente cena de funk britânico e adoro charme (a versão romântica do funk oitentista). Dá até ódio saber que um rótulo ligado a tanta coisa legal hoje é estigmatizado por esta forma de neo-trogloditismo que a mídia insiste em legitimar na marra.

Os funqueiros que escolham outro rótulo para se auto-definirem (porque não uga-uga music?). Deixem os grandes mestres da belíssima black music em paz!

domingo, 2 de junho de 2019

Morre funqueiro de direita MC Reaça

Foi encontrado morto, em circunstâncias misteriosas, o corpo do funqueiro neo-nazista Tales Volpi Fernandes, conhecido como MC Reaça. A morte foi lamentada pelo presidente fascista Jair Bolsonaro, para quem o jovem compôs jingles em sua campanha. 

Informações oficiais falam em suicídio, pois Reaça, que estranhamente parece uma versão mais jovem de Marcelo Freixo, integrante do partido de esquerda-caviar PSOL e responsável por um manifesto pró-"funk", tinha medo de repercussões sobre suas posições políticas controversas. O jovem era assumidamente de direita e, segundo dizem, teria agredido a namorada (como um traste como este consegue conquistar mulher?) pouco antes de se matar. 

Parece novidade o fenômeno do "funk" de direita, apesar de todo o seu comercialismo musical e do patrocínio de muitos políticos de direita e milicianos ao ritmo, que incorpora a atitude sexista e pornográfica do controverso e hegemônico hip-hop americano, que eliminou o jazz e o blues da condição de "cultura oficial dos EUA".

Apesar do ritmo ridicularizar os pobres, a esquerda sempre tentou com insistência patentear o "funk", apesar de vários dos seus intérpretes serem assumidamente de esquerda, por terem subido na vida de forma tão rápida e fácil. DJs e empresários ligados ao "funk" são ligados a bancada evangélica e vários deles pertencem ao mesmo partido de Bolsonaro, o PSL, famoso pela postura semi-medieval.

Por isso que soa estranho para muitos o caso do MC Reaça, que soa como algo inédito para muitos esquerdistas, crentes que a transformação do povo pobre em versões porno-violentas dos bobos da corte daria dignidade aos jovens da periferia, infelizmente aprisionados em problemas crônicos que nem mesmo as esquerdas conseguem resolver.