segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Fãs de Bolsonaro chamam, através de "funk", mulheres de esquerda de “cadelas”​


Publicado em 24 setembro, 2018 11:38 am
Reportagem de Adriana Moyses no RFI.

Uma manifestação pró-Jair Bolsonaro, a “Marcha da Família”, realizada neste domingo (23) no bairro de Boa Viagem, em Recife, mais uma vez ofendeu as mulheres.

O refrão dizia: “Dou para CUT pão com mortadela e, para as feministas, ração na tigela. As minas de direita são as top mais belas, enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela”. Apesar do tom preconceituoso e insultante em relação às mulheres, a pedagoga Elissandra Cunha, de 43 anos, presente na passeata, disse não se incomodar.

“O Brasil precisa mudar e ele é a esperança de um país renovado. Sou mulher, sou professora e voto em Bolsonaro. Eu entendo essas acusações de que ele é grosseiro com as mulheres como uma manobra dos outros”, afirmou Elissandra.

A universitária Karen, estudante de geografia na Universidade Federal de Pernambuco, de 22 anos, também no cortejo, declarou que Bolsonaro defende “não só pautas econômicas importantes, mas também morais”. “Ele é contra o aborto, contra a legalização das drogas e eu, como cristã conservadora, defendo isso.”

OAB-PE repudia, em nota, funk misógino de eleitores de Bolsonaro

Brasil 247 -  Equipe Pernambuco 247

OAB-PE, por meio da Comissão da Mulher Advogada (CDMA), repudiou, em nota, o funk entoado por seguidores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) onde as feministas contrárias à misoginia representada pelo candidato de extrema direita são comparadas a "cadelas"; Para a OAB-PE os estarrecedores trechos da música reduzem as mulheres à condição análoga de seres irracionais e incitam o ódio, a violência e o preconceito contra aquelas que se reconhecem feministas e/ou que têm orientação política diversa do aludido candidato"

Pernambuco 247 - A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Pernambuco (OAB-PE), por meio da Comissão da Mulher Advogada (CDMA), repudiou, em nota, o funk entoado por seguidores do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), neste domingo (23), no Recife, onde comparavam as feministas contrárias ao presidenciável a cadelas.

"Dou para CUT pão com mortadela e para as feministas, ração na tigela. As mina de direita são as top mais belas enquanto as de esquerda têm mais pelos que as cadelas", cantaram os participantes da "Marcha da Família", como foi batizado o evento em apoio ao candidato de extrema direita.

Na nota, a OAB-PE destaca que "os estarrecedores trechos da música reduzem as mulheres à condição análoga de seres irracionais e incitam o ódio, a violência e o preconceito contra aquelas que se reconhecem feministas e/ou que têm orientação política diversa do aludido candidato".

"Em tempos em que, a cada dois segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil, segundo dados do Relógios da Violência do Instituto Maria da Penha, não se pode admitir que, sob o manto da liberdade de expressão, qualquer partido político, seja ele de direita ou de esquerda, ofenda publicamente uma coletividade de mulheres, reforçando a cultura machista e misógina que, infelizmente, ainda insiste em matar muitas mulheres todos os dias", diz o texto da nota subscrita pela presidente da Comissão da Mulher Advogada, Ana Luiza Mousinho.

Veja a íntegra da nota da OAB-PE.

A Comissão da Mulher Advogada (CDMA) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Pernambuco, manifesta seu profundo repúdio a uma das músicas cantadas neste domingo (23.09) durante a "Marcha da Família" do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, que aconteceu no bairro de Boa Viagem, na cidade do Recife.

A letra, entoada em coro, afirma que às feministas deve ser dada "ração na tigela" e que as mulheres "de esquerda têm mais pelo que cadela".

Os estarrecedores trechos da música acima transcritos reduzem as mulheres à condição análoga de seres irracionais e incitam o ódio, a violência e o preconceito contra aquelas que se reconhecem feministas e/ou que têm orientação política diversa do aludido candidato.

Em tempos em que, a cada dois segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil, segundo dados do Relógios da Violência do Instituto Maria da Penha, não se pode admitir que, sob o manto da liberdade de expressão, qualquer partido político, seja ele de direita ou de esquerda, ofenda publicamente uma coletividade de mulheres, reforçando a cultura machista e misógina que, infelizmente, ainda insiste em matar muitas mulheres todos os dias.

Ana Luiza Mousinho

Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB PE.

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NOTA DO BLOG: E depois vem os esquerdistas ignorando que o "funk" é de direita, inventando que conservadores detestam "funk", a trilha sonora oficial oficial das festinhas nas mansões da bem nascida juventude enriquecida brasileira.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Toda vez que a direita se ferra, o "funk" é acionado

Já repararam que toda vez que a direita se ferra, o "funk" é acionado? Hoje vivemos em uma crise total que desmascarou o golpe, com alto risco do governo Temer cair e ao mesmo tempo surge a notícia de que aumentaram as execuções de "funk" no Sportify (programa de streaming musical), fato comemorado ingenuamente pelas esquerdas que medem qualidade musical pelo público e não pela qualidade da obra feita.

Em outros episódios sempre vemos isso: direita ameaçada, solta o "funk". Todos sabem que "funk" é de direita, ridiculariza o povo pobre, é tosco, ruim, tem a ver com pornografia, tem a ver com violência, é patrocinada pelo Grande Capital e segue todas as regras da música de mercado. O que invalida o "funk" como cultura legítima, nunca passando de mero lazer para desocupados.

Bom lembrar que "funk" é curtido massivamente pelos jovens de classe média alta, inclusive direitistas. Alexandre Frota é patrocinador do "funk" e Rômulo Costa, dono da Furacão 2000, maior divulgadora do gênero, tem representantes na mais direitista bancada evangélica.

Não se iludam. "Funk" é de direita. "Funk" é golpe. "Funk" é Temer. Quem discordar, vive fora da realidade.


sábado, 27 de janeiro de 2018

"Funk" um amontoado de modismos

Com certeza você não se lembra mais dos nomes dos MCs que fizeram sucesso durante cerca de 15 dias e sumiram repentinamente para dar lugar a outros modismos do "funk". E nem tem como. o "funk", do contrário que os seus defensores dizem, nada tem de cultural. É um produto criado para animar umas festinhas e só. 

As pessoas que veem brilhantismo no sempre tosco "funk" são gente que vive fora da realidade e revela um "wishful thinking" em ver pessoas sem talento musical e com intelecto atrofiado serem transformados da noite ara o dia em "gênios intelectuais da nova MPB".

O "funk" nunca passou de um amontoado de modismo a chamar a atenção das massas e dar muit dinheiro a MCs e empresários. Muitos "funkeiros" hoje vivem como magnatas em algum bairro rico distante das favelas onde nasceram e riem da cara daqueles trouxas que acreditam que a cultura brasileira vai se desenvolver dando espaço a este tipo de cultura malfeita.

E não se preocupem. Toddynho, Diguinho e Don Juan estão curtindo seus minutos de fama. Daqui a poucas semanas, eles vão sumir, gastando bem o dinheiro ganho, para dar lugar a novos modismos ansiosos por seu lugar ao sol.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

"Funkeiros" ocupam sede da Rede Globo

Nesta manhã, "Funkeiros" ocupam a sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. O motivo alegado pelo protesto é a participação da emissora no golpe que prejudicou as classes pobres. Mas o que se viu não foi exatamente um protesto e sim um baile "funk" ocorrido nas imediações da emissora.

A criatura se rebela contra o criador, pois a Globo foi a emissora que difundiu o "funk", ritmo de origem estrangeira surgido em Miami (??!!), terra do ultra-conservadorismo americano contra Cuba. O ritmo foi adaptado no Brasil com o acréscimo de um sampler de batidas de macumba feitos em teclados de pouco custo.

A emissora não levou a serio a manifestação, apenas tomando o cuidado para preservar o patrimônio, evitando depredações. Após o ocorrido sabe-se que tudo continuará na mesma, pois a manifestação em si não fere os interesses dos donos e patrocinadores da emissora. Pelo contrário, confirmando o sucesso das músicas do "funk" lançadas pela emissora.

Pelo jeito tudo não passou de uma festinha animada para um bando de alienados se divertir um pouquinho às custas de uma emissora que fingem odiar, mas fazem questão de assistir.