domingo, 9 de setembro de 2012

Álcool, o elixir dos alienados

Já repararam que quanto mais a pessoa bebe, mais conservadora e acomodada ela fica? As pessoas que tem o hábito de beber álcool regularmente - salvo raríssimas (e põe raras nisso!) exceções - costumam não serem muito questionadoras, aceitando tranquilamente o mundo do jeito que está, por maiores que os problemas sejam.

Há muito se sabe que bebidas alcoólicas danificam e em alguns casos, matam células cerebrais, atrofiando algumas faculdades e deixando as pessoas inúteis e até chatas. Quem bebe fica sem controle durante a embriaguez, mas quando se recupera de uma crise ébria, muitas vezes não volta a ser 100% como era antes.  Se há possibilidade de recuperação cerebral, só se a pessoa abandonar o álcool de uma vez por todas e aguardar alguns anos para recuperar a capacidade perdida.

Mas isso é muito difícil, quase impossível, pois as bebidas alcoólicas, sejam destiladas ou fermentadas, são todas bebidas rituais na sociedade. Ou seja, quem bebe esse tipo de bebida faz com a intenção de fazer ou manter amizades. Como o ser humano é um ser social, todos ficam com medo de recusar uma bebida ritual e correr o risco de perder boas oportunidades de sociabilização, já que ninguém vive sozinho.

Com isso fica difícil melhorar as coisas, já que nossa humanidade, refém do álcool, prefere perder muitas coisas do que deixar de consumir nem que seja um só gole de um elixir que traz as supostas alegrias da vida em grupo, mas que pode cobrar depois um preço bem caro ao indivíduo e à sociedade da qual pertence.

Interessante o fato dos consumidores regulares de bebidas alcoólicas nunca contestarem nada que esteja ao seu redor. Nem mesmo contestar a dispensável e inútil regra social que os obriga a beber, eles conseguem.

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