quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Cultura" sem cérebro

A mídia anda insistindo com este papo de que o "funk" carioca é cultura. Insistem tanto que aos poucos vai se arraigando e se transformando numa "verdade absoluta" sem ser. Quem conhece cultura, sabe de suas características e de sua finalidade sabe muito bem que isso é na verdade uma conversa fiada para promover um gênero musical claramente ridículo e feito por um bando de analfabetos que não sabem o que significa a palavra música.

Para começar, o próprio nome do gênero está errado. Se fosse realmente uma cultura séria, poderia ter optado por outro nome, sabendo, através de pesquisa que o que os brasileiros se  acostumaram a classificar como "funk" nada tem a ver com o gênero com o mesmo nome consagrado nos EUA. Como faltou pesquisa (o que considero indispensável para definir algo como "cultura"), o erro se consagra.

Aproveitando para dizer que "pesquisa" não é aquilo que um bando de "intelectuais" mercenários faz na tentativa de embutir uma sabedoria claramente ausente no "funk" carioca. Por exemplo: se os intelectuais acham que é o "novo maxixe", fiquem sabendo que os "criadores" do "funk" desconhecem isso e qualquer outra historiografia musical, fazendo "funk" apenas para se divertir e ganhar dinheiro. Além disso, nada. Portanto não é cultura, pois isso vai muito além de diversão e sustento financeiro.

Poderiam muito bem parar com essa tolice de dar o atributo de "cultura superior" ao "funk". Converse com qualquer envolvido com o gênero que vai perceber que não passa de um aculturado que está nessa só para se divertir ou ganhar dinheiro, ignorando aquilo que a mídia vive atribuindo a eles. 

E não adianta ter nível superior, pois hoje qualquer idiota consegue passar no vestibular, fazer os trabalhinhos medíocres que os professores mandam e conseguir facilmente um diploma, mantendo o analfabetismo em suas inertes cabecinhas, preparadas apenas para satisfazer os instintos. E satisfazer instintos é o que a maioria dos brasileiros chama atualmente de "felicidade".

Dá para ver que chamar o "funk" de "cultura" tem na verdade a intenção de promover o gênero, atribuindo o caráter de intelectualidade que é evidentemente ausente. É fácil transformar algo burro em inteligente com alguma rotulação. Isso é bom para quem prefere a embalagem em relação ao conteúdo.

E há um esforço de separar os comentários de defesa do "funk" a divulgação do mesmo, pois não executando durante o discurso de defesa, fica parecendo, para quem não conhece que "funk" é realmente uma coisa elevada, o que é um absurdo. Ao ver um exemplar agindo, todo o encanto do discurso desaparece. A carruagem de ouro vira uma gosmenta abóbora.

Mas para quem tem o bom senso e percebe as coisas, não vai conseguir ser enganado por esta farsa de chamar o "funk" de cultura. Cedo ou tarde, aqueles que se esforçaram para  elevar o gênero terão que falar com as paredes e reconhecer que a medida que a sociedade vai evoluindo, vai se amadurecendo e adquirindo a capacidade de perceber as coisas, se tornando incapaz de ser enganado. Aí quero ver se essa conversa fiada ainda vai perdurar, quando não houver ninguém para ser enganado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.